segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pegaram o chefão

Soldados espalhados por uma extensa área, exércitos comandados visando dizimar quaisquer inimigos que surjam, clima hostil, tanto fisicamente, regiões desérticas com pouquíssimos suprimentos, quanto psicologicamente, os nativos simplesmente odeiam suas tropas e tudo aquilo que lhes seja relativo.
As ações tem que ser feitas minuciosamente: gastar o mínimo de munição enquanto se avança pelo território inimigo, uma decisão errada e tudo vai pelos ares, literalmente.
A tensão aumenta consideralmente no prosseguimento da invasão, em certos momentos, uma calmaria aterroriza os soldados, pois, a qualquer momento pode aparecer um ser barbudo fortemente armado oriundo de uma gruta, à primeira vista, inofensiva. Sem contar as armadilhas espalhadas estrategicamente, prontas para atrapalhar a missão.
Porém, está mais do que claro, o propósito da missão, acabar de vez com um poderoso inimigo, isso, mascarado, obviamente, por uma política de defesa à sociedade local. O nível de adrenalina sobe junto com a dificuldade do processo, os guerrilheiros da região aparecem do nada atirando feito loucos, é melhor salvar o jogo e ir descansar, já está quase na hora de dormir.
Aliás, para que dormir? O predador sente o cheiro da presa e avança a passos largos, passando por cima de tudo e de todos, a madrugada avança, com os olhos fixos e injetados por um, a certo ponto, animalesco desejo de vingança, prossegue.
Tudo fica escuro, a energia está acabando, mas lá está ele: o chefão. Dormir ou não dormir? O poderoso ser se esquiva de mil e uma maneiras dos ataques, mas se vê encurralado. Como nas velhas histórias de faroeste, quem der o primeiro tiro, acaba com o oponente.
Infelizmente, a vida não é um jogo, um tiro certeiro: Bin Laden (supostamente ele, muitos dizem que não) cai sem vida, para o delírio dos norte-americanos.
Mas, como em todo e qualquer jogo que se preze, não é tão fácil assim aniquilar o chefão. Tem vezes em que ele volta das trevas, às vezes sobem os créditos (ou seja, o jogo acabou) e noutras, surge, uma nova fase, obviamente, bem mais difícil e com um chefão praticamente imbatível.
Comemore Tio Sam, talvez tenha zerado o jogo, mas se eu fosse você, não deixaria a Estátua da Liberdade sozinha...

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